quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Criações dos cursistas...


A vida das pessoas

Elmário, Rita de Cássia e Silma


No bar da esquina, pessoas descontraídas batiam um papo gostoso, sem grandes preocupações.

Havia um grupo de pessoas cigarras, tipo Zeca Pagodinho, vida leva eu, deixa a vida me levar. Tudo é festa, viver o agora, aproveitar a vida efêmera, despreocupada, o que importa é o momento, comemorar o resultado obtido pelo seu time favorito, comemorar a eleição de um político nota dez, adotar a solidariedade humana.

Preocupação com o ser, viver a plenitude de todas as realizações, adotar a solidariedade humana.

Outro grupo de pessoas já pensava o contrário, adotava a filosofia da formiga. Tomava, cautelosamente, a cerveja, só comemorava quando tivesse plena certeza das vitórias, preocupava-se com os baixos salários, falta de condições humanas para viver. Esse grupo, calculista, apostava em coisas a longo prazo, reais, mais individualizadas e na certeza de um futuro melhor, mais seguro; aceitava a realidade sem sonhos impossíveis, mas não era portador de grandes alegrias, era mais fechado e menos alegre, evidenciavam grandes preocupações com o ter.

Quem tudo sonha, nem sempre consegue uma realização plena, mas quem sonha de olhos abertos, pode buscar a realização total.



Duas vidas “bem” diferentes

Estela e Sílvia


Fabi, 28 anos, morena, bonita, olhos castanhos, corpo bem feito, facilidade para fazer amigos. Sua característica mais marcante é a alegria de viver intensamente cada momento. Para ela, tudo no mundo é fácil, está sempre pronta para qualquer aventura, sejam passeios, baladas, compras no shopping ou frequentar ambientes bons e requintados. Seu trabalho lhe proporciona bons rendimentos, pois trabalha muito, mas assim como ganha muito dinheiro, também gasta mais do que tem disponível. Usa cartões de crédito, cheques e quando os mesmos excedem, faz empréstimos em banco. Paga quando pode, se paga; porque normalmente com aquele sorriso cativante, seus parentes, mãe, avó, irmãos, perdoam os empréstimos e, no banco, renegocia.

Sendo Fabi, uma jovem tão alegre, animada e extrovertida conquista e cativa a todos. Possui muitos amigos e sempre que solicitada, está sempre pronta a servir e ajudar de todas as formas, inclusive com seu dinheiro, suas roupas, sua casa, seu carro... Enfim, sua vida é muito instável, mas vive cada minuto como se fosse o último, não pensa no futuro.

Cristina, 74 anos, viúva, avó de Fabi, mora sozinha, aposentada e recebe uma boa pensão que vai direto para a popança.

Desde muito jovem, e por ter passado muitas dificuldades com seus pais, aprendeu a economizar cada centavo. Não aproveitou sua vida, não conheceu lugares novos, não freqüentou bons restaurantes. Tem poucos amigos, já por conhecerem seu jeito avarento e mesquinho de ser, quando se trata de dinheiro. Não costuma dar esmolas, não ajuda ninguém, sofre quando se obriga a ajudar Fabi com alguns trocados.

Atualmente Cristina vive sozinha, quase sem amigos e seu único prazer é olhar seu extrato bancário. Enquanto Fabi vive rodeada de amigos deixando a vida sem pensar no dia de amanhã.



João e Michael

Juarez e Luiz


Tive a sorte de ter filhos gêmeos. Michael e João. Que maravilha! Vê-los crescendo na mesma casa, com os mesmos hábitos, a mesma criação, escolas... tão iguais, mas tão diferentes.

João é mais sério, concentrado, astuto e faz tudo, tudo mesmo, com esmero e paciência. Até me aconselha quando preciso e quando não preciso. Passou em primeiro lugar no vestibular de medicina e se tornou o Doutor João, respeitado, cheio de amigos (apesar de reservado) e com uma família maravilhosa. O oposto do irmão. Este sim!

Sempre sorrindo, passava na escola na média e ainda colocava a culpa nos professores. “O sor pega no pé”. “Não aguento mais o colégio”! Vocês já escutaram isso?

A vida para ele é uma festa! Sempre rodeado pelos companheiros, da família, das mulheres...

Achei que iria viver eternamente ligado aos Ataris, desenhos, heróis, filmes, festas, namoradas, mas não! Largou o Atari.

Tento conversar com ele, porém mãe é mãe, nunca temos razão!

O que importa, na verdade, é a felicidade de ambos.

E eles são felizes, cada um do seu modo. Mesmo um sendo a formiga e o outro sendo a cigarra.


Ele e Ela

Patrícia, Keile e Michele


Ele pula da cama

Ela vira pro lado

Ele corre pro trampo

Ela ouve o rádio

Ele pensa no horário

Ela abre o armário

Ele engole o almoço

Ela escolhe o rosto

Ele volta apressado

Ela sonha com o amado

Ele baixa a cabeça

Ela prende as madeixas

Ele chega cansado

Ela toma um banho demorado

Ele mexe na panela

Ela assiste à novela

Ele pensa na poupança

Ela sai para a dança

Ele compra um carro

Ela desliza no barro

Ele paga a conta

Ela sente-se tonta

Ele foi à luta

Ela só levou multa.

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