No começo de março, recebi o convite para ministrar as Oficinas do Gestar no meu município. Na ocasião, eu estava trabalhando como vice-diretora da maior escola municipal, com cerca de 1.400 alunos. Naquele momento, eu já estava decidida a desistir da minha função por sentir falta de ser professora. Tive certeza, então, de que essa era a função que gostaria de exercer para sempre. Principalmente por isso, por saber dessa minha vontade, a diretora de educação do município me estendeu o convite, o qual aceitei prontamente! As expectativas não poderiam ser maiores, sempre achei que seria legal ter um grupo de colegas de área trocando ideias e aprendendo juntas. E, apesar de saber que o curso poderia ter recebido um apoio mais significativo, preciso dizer que a experiência foi enriquecedora. Abracei a causa e me joguei de cabeça no projeto. As aulas foram pensadas nos mínimos detalhes. Cada folhinha levada era preparada com carinho, com desenhos, recortada de forma diferente, etc. Procurei me envolver completamente. Em relação ao projeto, as coisas foram mais difíceis. Senti dificuldade em orientar os cursistas porque tinha muitas dúvidas sobre a forma que os trabalhos deveriam ser apresentados. A minha colega de matemática tinha uma proposta totalmente diferente e eu resolvi me organizar a meu modo. Apesar disso, foram muito proveitosos os encontros. De maneira geral, os cursistas gostaram muito da formação e deixavam bem claro, sempre que possível, que a única desvantagem era o horário dos encontros. No caso do curso, precisava ocorrer a noite, sendo que outros podiam ocorrer no horário de aula, ou mesmo na hora atividade dos professores, com isso, o grupo sentiu-se desrespeitado e eu também, por achar que tudo deveria ser feito com igualdade. Apesar de toda essa confusão, dentro da sala o grupo realmente se envolveu. As oficinas foram divertidas e os professores, de forma recorrente, diziam que estavam cansados, mas que o cansaço ficava pra trás quando começavam a fazer as atividades. O cansaço decorrente do envolvimento com o projeto foi tremendo, mas a certeza de que fiz tudo o que estava ao meu alcance também foi. Sofri com eles, mas também aprendi muito, como sabia que aconteceria! Pela primeira vez o grupo que atua no município pôde se conhecer e pensar junto de que forma fazer o melhor na área em que atuamos e isso fez com que o projeto realmente valesse a pena!
QUE BOM QUE... - Participei do Gestar. O curso foi bem elaborado e aplicado. Tivemos aulas prazerosas e produtivas. (Maria Amélia) - O curso aconteceu, foi uma aprendizagem para todos que participaram do curso. (Patrícia) - Surgiu esse curso de formação para fazermos uma reciclagem de nossos conhcimentos da área. Esse curso oportunizou contato com outros professores de Português; interação e aprendizagem dos temas propostos, troca de informação e conhecimento. (Sílvia) - Tive a chance de participar do Gestar, mesmo sendo professora contratada pelo município. E também pude compartilhar minhas atividades com uma colega da mesma escola. (Francine) - Consegui realizar todas as atividades propostas. Aproveitei muito as sugestões de atividades nas minhas aulas de português. (Estela) - Possibilitaram o Gestar de Língua portuguesa. Foi uma ótima alternativa para trocarmos ideias, reavaliarmos nossa prática pedagógica. (Keile) - Que tivemos o Gestar, novas técnicas, novas formas de produção textual, de analisar textos, etc... também a troca de experiências. (Silma) - Aprendi muito. (Rita) - Nos ofereceram esse curso, pois é uma forma de adquirirmos mais conhecimentos, trocando ideias com a formadora e os colegas. ( Eliane) - Tive a oportunidade de frequentar o curso Gestar II. O curso possibilitou uma atualização, adquirindo conhecimentos com técnicas que foram aplicadas com alunos e tiveram boa aceitação e participação. Estou grato pelo que já consegui e pretendo conseguir. (Elmário)
QUE PENA QUE... - Acabou, como tudo acaba um dia, mas gostaria que o curso continuasse à distância. (Maria Amélia) - Muitas pessoas não puderam participar. (Patrícia) - Nós professores não tenhamos mais tempo para melhor aproveitamento, mas com o material oferecido temos oportunidade de dedicar mais tempo à leitura e aplicação. (Sílvia) - Nem sempre pudemos aproveitar as oficinas, porque faltava o material necessário. (Francine) - As atividades às vezes eram muito corridas, tanto as realizadas em curso, quanto as que tivewram que ser aplicadas. Mesmo assim foram muito válidas. (Estela) - Alguns colegas não tiveram a oportunidade de frequentar o Gestar em função do horário. (Keile) - Está terminando, seria muito bom continuar. (Silma) - Nem todos participaram com tanto entusiasmo e interesse (comprometimento). (Rita) - Que algumas pessoas desistiram do curso, perdendo assim de ter novas experiências e de também nos passar novas ideias. (Eliane) - Ao menos 50% do curso deveria ser feito em horário de aula. (Elmário)
GOSTARIA QUE... - Houvesse a continuação do curso, pois foi muito produtivo. (Maria Amélia) - Tivéssemos mais cursos desse nível, porque aplicar as atividades com os alunos é muito produtivo. (Patrícia) - Houvesse a continuação do Gestar no próximo ano. (Sílvia) - Os professores de área continuassem a ter encontros deste tipo, pois é sempre bom dividir e somar experiências. (Francine) - Conseguisse continuar aproveitando tudo o que de novo aprendi e que pudesse continuar utilizando os livros do Gestar. (Estela) - Em uma próxima etapa modificassem o horário para os encontros de atualização/formação do Gestar. (Keile) - Outros cursos, outras oficinas ocorressem. (Silma) - Continuassemos a dividir tarefas e a manter contato, talvez através de e-mail e msn. (Rita) - O nosso projeto seja aplicado na escola no próximo ano, pois acredito que se convercermos os nossos alunos a serem melhores por meio de seus esforços, a educação terá sucesso. (Eliane) - Todas as professoras de português participassem do curso, pois estaríamos adotando igualdade e justiça, principalmente para os iniciantes que estão no período probatório. (Elmário)
MINHA CONTRIBUIÇÃO NAS OFICINAS FOI... - Participei; realizei as atividades; produzi textos; estudei o material. (Maria Amélia) - Participar; fazer as atividades e trazer sempre o material solicitado. (Patrícia) - Trocar ideias, conhecimento, participação nas aulas e oficinas. (Silvia) - Sei que poderia ter contribuido mais, mas também sei que as atividades aplicadas em sala de aula foram maravilhosas. (Francine) - Sempre procurei participar de todas as atividades propostas. Todos os planejamentos solicitados foram entregues. (Estela) - Boa, procurei contribuir e participar das atividades ropostas com o maior empenho possível. (Keile) - Participar de tudo que ocorreu nas oficinas. (Silma) - Participação nas oficinas e nas tarefas de casa. (Rita) - Desenvolver atividades junto aos meus colegas. (Eliane) - Participando em todas as aulas, com muito gosto, trabalhando todas as modalidades estudadas no grupo com os alunos em sala de aula. (Elmário)
APRENDI A... - Pensar em novas formas de trabalhar a lingua portuguesa. (Maria Amélia) - Aprendi muitas coisas e o que eu já sabia foi reforçado, o que é muito válido. (Patrícia) - Aprendi muito mesmo, pois minha formação em Letras foi há 3 anos e desse tempo até agora a terminologia foi modificando e também formas de trabalho mais eficientes. (Sílvia) - Compartilhar experiências e somar conhecimentos, podendo aplicar novas atividades com os alunos. (Francine) - Ouvir outras opiniões e experiências sobre aulas de português. (Estela) - Socializar o conhecimento com os demais colegas e a perceber que é possível sermos um diferencial na vida escolar dos nossos educandos. (Keile) - Fazer outros tipos de produção textual. (Silma) - Contribuir com a minha criatividade nas atividades. (Rita) - Buscar atividades diferentes para que meus alunos se sintam motivados em sala de aula. (Eliane) - Valorizar mais o que faço e que já fazia anteriormente; aproveitar coisas novas com outros colegas, experiências trabalhadas durante o curso. (Elmário)
NÃO VOU ESQUECER... - As dinâmicas, pois usei-as bastante em minhas aulas. (Maria Amélia) - Das atividades, todas foram muito boas. O grupo também foi muito bom, todos se ajudaram e se respeitaram. (Patrícia) - Das aulas, dos colegas, da formadora, que foi sempre muito agradável nos deixando muito à vontade para questionarmos, trazendo muitas novidades, aulas diferenciadas, material diverso, material do dia a dia. (Sílvia) - Da boa vontade e preocupação da formadora em atender aos cursistas; da discussão sobre as práticas de sala de aula e de conhecer novos colegas. (Francine) - De todas as coisas boas que aprendi durante o curso. (Estela) - A tolerância na entrega dos trabalhos e a dedicação e empenho da formadora durante todos os encontros. (Keile) - Que qualquer texto por pequeno que seja tem a sua análise e pertence a um gênero. (Silma) - Das novas aprendizagens e das amizades. (Rita) - De muitas atividades que aprendi e que pude passar aos meus alunos com muito sucesso. (Eliane) - Da criatividade de meus alunos quando usaram o trocadilho "O armário do professor Elmário". A valorização de nossos trabalhos, sendo inseridos na internet, onde os alunos podiam consultar. (Elmário)
AS OFICINAS... - Foram bem elaboradas. Só tenho elogios. As aulas práticas tornam-se atraentes e, com isso, os alunos aproveitam mais, por isso, apliquei as atividades e os alunos gostaram. (Maria Amélia) - Foram muito boas. A formadora se empenhou ao máximo, sempre trazendo atividades diferenciadas. (Patrícia) - Foram ótimas. Aprendi muito com elas, pois proporcionaram aulas interessantes, agradáveis, curiosas e colaboraram muito com a minha forma de transmitir a meus alunos tudo que era oficina eu repassei a eles. Foi ótimo! Obrigada Grazi! (Sílvia) - Foram muito boas. O problema foi o horário. Para quem trabalha o dia todo parece que à noite não rende mais! Mas mesmo assim o grupo que continuou até o final persistiu e provou que queria terminar o curso. (Francine) - Foram muito boas, a formadora foi muito organizada e preocupada com tudo; aproveitei muito tudo com meus alunos. (Estela) - Foram produtivas e acrescentaram novas metodologias em minha prática pedagógica. (Keile) - Foram muito boas poderiam continuar. (Silma) - Foram interessantes, dinâmicas e bem preparadas. (Rita) - Foram válidas pois em cada uma delas aprendemos algo novo que guardamos em nossas "malas" de professoras. (Eliane) - Foram muito criativas, trabalhadas harmonicamente com coleguismo e a liderança hábil da professora formadora Graziela dos Reis. (Elmário)
Nasci no dia 29 de maio de 1981, na cidade de Taquara, onde moro até hoje. Sou a caçula de três irmãos e provavelmente sou a mais temperamental entre eles. Desde pbem pequena escuto a expressão 8 ou 80... ou seja ou amo ou odeio, não gosto, não quero bem! Tudo que gosto, gosto demasiadamente. É o caso da leitura. Entrei na escola aos 4 anos de idade para cursar o jardim de infância. Aprendi a ler antes dos sete anos e de lá pra cá não tenho parado de fazê-lo. Tive uma infância feliz e tranquila. Quando meus avós vieram para a cidade, compraram um terreno para eles e outros dois para cada um dos filhos, todos na mesma rua, o que me permitiu crescer perto de uma família numerosa! Foi ótimo crescer em um lugar tão familiar! Minhas três melhores amigas de infância ainda são as mesmas de hoje... Acabei de decidir comprar uma casa na rua em que passei toda a minha vida antes de casar, o que mostra o quanto não gosto de mudanças e o quanto me sinto ligada a tudo que já fez parte da minha vida. Concluí o ensino médio e decidi cursar Letras, a escolha previsível devido a minha mania intensa de andar com a cara enfiada nos livros. Na época em que ingressei na faculdade meu pai faleceu e foi a coisa mais difícil que já enfrentei até hoje. Ainda espero vê-lo chegando em casa e não há momento feliz ou triste em que não anseio por seu abraço. Em 2000, conheci o meu marido, com quem tenho um filho lindo de 7 anos. Concluí a graduação em 2005 e voltei imediatamente a trabalhar, pois tinha parado em 2002 para cuidar do meu filho. Em 2009 fui convidada a ser vice-diretora da maior escola do meu município e aceitei, por considerar o engrandecimento profissional. Entreatanto, ficar fora da sala de aula deixou um vazio em mim e acabei aceitando ministrar as oficinas do Gestar, como forma de saciar meu desejo de lecionar. O que tem sido uma experiência, apesar de exaustiva, extremamente feliz.
3)SOCIALIZAÇÃO: Comentários sobre as oficinas, sobre a aplicação em sala de aula, as dificuldades, as vantagens, os desafios e as conquistas;
4) Auto-avaliação: Cada cursista recebu uma folha para avaliar seu próprio desempenho nas oficinas, bem como o desempenho da formadora. Os tópicos eram os seguintes: Que bom que... Que pena que... Minha contribuição nas oficinas foi... Aprendi a... Não vou esquecer... As oficinas...
5)CONFRATERNIZAÇÃO: Fizemos um econtro de fechamento do projeto no Xis do Vinni, na cidade de Taquara. Algumas fotos da noite:
1) Mensagem inicial: A hora de fazer a diferença...
2) Comentários sobre a mensagem inicial;
3) A turma de cursistas, dividida em grupos escolheu uma história em quadrinhos da turma da Mônica para adaptar o texto para outro gênero (notícia, poema, receita, manual de instrução e outro a escolha);
4) SOCIALIZAÇÃO
5) Passar para os cursistas uma série de imagens fantásticas, abrindo espaço para sugestões de forma de trabalho a partir dessas imagens;
6) Passar para os cursistas uma série de imagens que se aproximadas percebe-se que formam outras imagens. Pedir que criem um texto de qualquer gênero, a partir das figuras e somente depois mostrar as figuras em sua forma mais aproximada.
7) SOCIALIZAÇÃO
8) Discussão sobre o TP6, alguns pontos que os cursistas haviam levantado na tarefa de casa.
9) Apresentação dos projetos finais do curso...
* Projeto de Horticultura e Floricultura na escola (Professor Elmário e professora Silma); * Projeto Ateliê de Linguagem (Professoras Estela, Maria Amélia, Rita e Sílvia); * Projeto Gênero Textual na escola (Professoras Eliane e Patrícia) * Projeto Jornal na escola (Professoras Michele, Francine e Keile).
Passar para os cursistas a história em quadrinhos “Chico Bento O orador da turma” e abrir espaço para a discussão.
Entregar para cada grupo uma lista de nomes de filmes adaptados para a linguagem típica do nordeste do Brasil, produzindo o efeito de paródia. Pedir que, em grupos, criem uma lista com dez nomes de filmes adaptados para a linguagem gauchesca ou caipira.
SOCIALIZAÇÃO: Apresentação das paródias, abrindo espaço para a discussão de outras possibilidades de trabalho. Depois da socialização passar um grupo de slides com nomes de filmes gauchescos.
Ainda tratando das variantes, apresentar aos cursistas o dicionário do mineiro, seguido dos slides “Mineirada”. E depois, “O sotaque mais gaúcho”. Em grupos, deverão construir um mini-projeto, para entregar, destacando essa questão do jeito de falar próprio do gaúcho.
Explicar aos cursistas que iremos trabalhar com música naquele momento. Questionar:
- Vocês utilizam a música em suas aulas?
- De que forma a música faz parte do seu planejamento?
Ao som da música “É preciso saber viver”, dos Titãs, pedir que os cursistas se traduzam através de desenhos... deverão ter os olhos fechados e representar o que quiserem ao som da música. Em seguida, cada um relata a experiência, indicando em que pensou...
Passar para os cursistas os seguintes slides com referência ao assunto: “Chorinho brasileiro”; Decadência da música brasileira; Hino Nacional Patrocinado, a partir do qual, os cursistas deverão parodiar a música que trouxeram de casa também usando marcas de produtos.
Passar ainda “Poema_adivinha”- música portuguesa. Levantar possibilidades de trabalho a partir de cada apresentação de slides.
Entregar para cada grupo uma proposta de trabalho a partir de duas letras de músicas, que abordam a preocupação com questões ambientais. Pedir que discutam a relevância da proposta e que outras sugestões poderiam surgir a partir do material recebido.
Dividir o grupo em 4. Entregar para cada grupo um papel com o seguinte poema:
Três belas que belas são
Querem que por minha fé
Eu diga qual delas é
Que adora o meu coração
Se consultar a razão
Digo que amo Soledade
Não Lia cuja bondade
Ser humano não teria
Não aspiro à mão de Íria
Que não tem pouca beldade.
- Com base no poema, cada grupo deverá encontrar pelo menos três formas diferentes de pontuar o poema, de forma a mudar o sentido do que está sendo dito.
- Em seguida, promover a correção da atividade, permitindo a troca de ideias entre os cursistas.
Ainda sobre a questão “vírgula- sinais de pontuação”, passar no quadro a seguinte frase: Se os homens soubessem o valor que tem as mulheres se jogariam a seus pés. Pedir que pontuem de forma a encontrar duas interpretações completamente opostas. Ou seja:
Se os homens soubessem o valor que tem, as mulheres se jogariam a seus pés.
Se os homens soubessem o valor que tem as mulheres, se jogariam a seus pés.
Para completar a questão de uso da vírgula e demais sinais de pontuação, entregar para cada grupo um pequeno papel contendo o seguinte:
De quem será a fortuna do tio Magnata?
O tio Magnata, dono de uma fortuna imensurável, não tem herdeiros diretos. Pressentindo que se aproxima o fim de sua vida, começa a organizar seus bens para redigir seu testamento. São muitas propriedades, jóias e uma quantia razoável em dinheiro, suficiente para proporcionar conforto e sustento para gerações.
Finalmente, chega a hora de escrever o (tão esperado, mal sabe ele!) testamento. Uma particularidade, no entanto, do Sr. Magnata deixará um terrível impasse: é seu hábito escrever textos sem pontuá-los. Acostumara-se a fazer assim desde pequenininho. E não é que, justamente agora, ao terminar de escrever o cobiçado testamento, recebe o chamado divino? E o testamento está como está, um enigma a ser resolvido pelo juiz, já a postos.
Não tardam a aparecer muitos candidatos à herança. O juiz, depois de muito estudar o caso, reduz o grupo a quatro pessoas: Tia Matilde, parente mais próxima; o senhor Casmurro, responsável pelo lar dos velhinhos, a que o sr. Magnata fazia largas doações mensais; Irineu, o jardineiro, que alegava ter uma dívida a saldar com o falecido; e a governanta Ruth, que o acompanhou até o último dos seus dias.
O juiz entrega uma cópia do testamento a cada um dos possíveis herdeiros, para que a pontue.
Ajude cada um dos candidatos nesta tarefa de pontuar o testamento, de forma a que se beneficiem com o resultado. Há uma possibilidade para cada um deles.
Para a tia Matilde
“Deixo meus preciosos bens à minha tia não ao jardineiro jamais será dada a herança à governanta Ruth nada ao Lar dos velhinhos”.
Para o jardineiro Irineu
“Deixo meus preciosos bens à minha tia não ao jardineiro jamais será dada a herança à governanta Ruth nada ao Lar dos velhinhos”.
Para a governanta Ruth
“Deixo meus preciosos bens à minha tia não ao jardineiro jamais será dada a herança à governanta Ruth nada ao Lar dos velhinhos”.
Para o Lar dos velhinhos
“Deixo meus preciosos bens à minha tia não ao jardineiro jamais será dada a herança à governanta Ruth nada ao Lar dos velhinhos”.
Pedir que os cursistas resolvam os exercícios da página 48, do TP2, para discussão conjunta.
O restante do tempo servirá para os cursistas trabalharem no projeto.
Os cursistas deveriam criar um planejamento para 20h, para uma turma de ensino fundamental, com base em algum clássico na Literatura. As criações estão a seguir:
Professora cursista Francine Obra: Romeu e Julieta
1) 2 períodos: Apresentação da obra "Romeu e Julieta", de W. Shakespeare; - A turma é dividida em pequenos grupos, onde cada um fica responsável por uma parte do texto. É feita a leitura da obra em grupo.
2) 2 períodos: A aula será no laboratório de informática, onde os grupos pesquisarão sobre: - o autor; - a época em que a obra foi escrita; - características das personagens; - as diferentes versões do mesmo texto (incluindo os filmes).
3) 1 período: Os grupos apresentam suas pesquisas feitas na aula anterior; - Término das apresentações e discussão sobre as versões agora conhecidas;
4) 2 períodos: Atividades sobre o texto, feitas nos grupos de trabalho; - Caracterize os personagens; - Imagine as personagens principais de "Romeu e Julieta" hoje. Como elas seriam? - Quais os conceitos e valores percebidos durante o texto? - Alguns trechos do texto do seu grupo estão na ordem indireta. Sua tarefa é escrevê-los na ordem direta. - Transforme a história "Romeu e Julieta" em um caso de amor vivido hoje, por pessoas que você conhece. Como seria essa redação?
5) 1 período: Apresentação dos grupos referente aos exercícios da aula passada.
6) 2 períodos: Trabalho com colagem - cada grupo construirá um painel com colagens que represente sua parte no texto. É livre a escolha do material a ser utilizado;
7) 2 perídos: Avaliação de produção textual individual: cada aluno irá reescrever a história de Romeu e Julieta, transformando o final destas personagens;
8) 1 período: Cada grupo ficou responsável por uma parte do texto, então agora farão a sua montagem, a sua versão para apresentar nas próximas aulas. A montagem é livre, podendo o texto ser adaptado pelos alunos;
9) 2 períodos: Ensaio dos grupos e montagem de roupas e cenários;
10) 2 períodos: Um período destinado aos ensaios eorganização dos grupos e outro, destinado às apresentações, que serão filmadas;
11) 1 período: A turma assistirá às gravações e ao final, para concluir a atividade será feito um debate sobre a obra, a construção do trabalho e o que representa hoje "Romeu e Julieta" para a turma.
Professora cursista Patrícia Obra: Romeu e Julieta
1) Leitura prévia do livro "Romeu e Julieta";
2) Dividir a turma em grupos e cada grupo conta uma parte da história;
3) Debater sobre a história, a moral, os costumes, etc;
4) Olhar o filme da versão moderna de Romeu e Julieta;
5) Produzir um texto, uma versão moderna para Romeu e Julieta;
6) Debater sobre as mudanças de nossa sociedade;
7) Escolher o melhor texto para ser dramatizado;
8) Apresentação da peça teatral (versão criada) de Romeu e Julieta.
Professora cursista Eliane Obra: Romeu e Julieta
1) No 1º momento, a professora irá apresentar a história de Romeu e Julieta, fazendo questionamentos sobre a história e também falando sobre o autor dela e em que época foi escrita;
2) Depois, será feito um seminário, no qual os grupos irão apresentar a sua parte. Assim, todos os alunos ficarão conhecendo a história de Romeu e Julieta;
3) Os alunos irão assitir ao filme Romeu e Julieta;
4) Na próxima aula será feita uma roda de conversa sobre o filme, relacionando-o à história que tinham visto antes, as semelhanças e as diferenças existentes entre eles;
5) Os alunos deverão fazer uma produção textual (soneto), baseando-se no que viram e ouviram até o momento em relação a Romeu eJulieta. Antes da produção, a professora fará uma revisão sobre poemas, como eles são, os versos, as estrofes, as rimas, quando é soneto...
6) A professora vai introduzir as conjunções subordinadas e as orações subordinadas, utilizando partes da história de Romeu e Julieta;
7) Os alunos farão uma modificação na história de Romeu e Julieta. Em duplas, eles irão desenvolver a história com as palavras deles, mas farão a história com um final feliz, assim como acontece nos contos de fadas (fazer um resumo sobre a estrutura dos contos de fadas);
8) Para fechamento do projeto, a turma toda vai elaborar um teatro baseando-se na história trabalhada e irá apresentar para toda a escola.
Professora cursista EstelaMaris Obra: Contos de Monteiro Lobato
1) Breve diálogo com os alunos sobre o escritor Monteiro Lobato. Questioná-los se sabem algo sobre esse escritor, quais obras escritas por ele são conhecidas do grande público;
2) Dividir a turma em duplas para pesquisarem a biografia do autor no laboratório de informática;
3) Fazer a socialização do que foi pesquisado;
4) Entregar aos alunos cópias de dois contos escritos por Monteiro Lobato:Negrinha e Jeca Tatu é Zé Brasil;
5) Alguns alunos lerão o texto Negrinho e outros, Jeca Tatu e Zé do Brasil;
6) Realizar leitura oral dos textos;
7) Pedir aos alunos que observem as figuras de linguagem utilizadas;
8) Comentar com os alunos sobre aquela imagem que se tem de que Monteiro Lobato só escrevia textos alegres, infantis como os do sítio do Picapau amarelo. Com esses textos lidos, os alunos poderão perceber que Monteiro Lobato tinha obras bastante variadas;
9) Resolver algumas atividades de compreensão de texto;
10) Correção das atividades e exclarecimento das dúvidas;
11) Produção textual em duplas: - Escolher uma notícia de jornal que retrate um pouco a realidade brasileira e transformá-la em conto; - Criar ou adaptar os personagens da notícia.
12) Leitura dos contos aos colegas;
13) Correção de possíveis erros existentes nos contos;
14) Criar um painel expondo na sala de aula, os contos criados pelos alunos.
Professora cursista Sílvia Obra: Dona Flor e seus dois maridos
1) Leitura sobre as características do período em que a obra está inserida, sobre o autor e as demais obras;
2) Leitura em duplas, no site http://www.jorgeamado.com.br/professores2/02.pdf;
3) Pesquisa na internet sobre a vida de Jorge Amado;
4) DVD: Dona Flor e seus dois maridos;
5) Músicas em cd que falem da Bahia em suas letras;
6) A religião e a culinária baiana: pesquisa em revistas, sites e livros;
7) Leitura da obra: a turma será dividida em cinco grupos, pois o livro é também dividido em cinco partes. Cada grupo lerá uma das partes do livro;
8) Comparações dos comportamentos das personagens: Flor, Vadinho, Teodoro, Rosilda com pessoas reais, da atualidade;
9) Trabalho avaliativo com questões de interpretação.
Professora cursista Keile Obra: O pequeno príncipe
1) ATIVIDADE DE PRÉ-LEITURA: provocar os alunos com algumas frases famosas do autor Saint Exupéry, presentes no livro, tais como: - As pessoas grandes precisam sempre de explicações. - Para os que viajam, as estrelas são guias. - O essencial é invisível para os olhos. - Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. - O amor não consiste em olhar um para o outro, mas sim olhar juntos, para a mesma direção. - Não exijas de ninguém senão aquilo que realmente pode dar. - Nunca estamos contentes onde estamos.
- Questionar os alunos se já ouviram essas frases em algum lugar e o que entendem por elas.
2) ATIVIDADE DE LEITURA: todos deverão ler a obra "O pequeno príncipe"; - Quando todos tiverem lido a obra, os alunos assistirão a episódios do desenho animado e farão um relatório comparativo entre o livro e a animação.
3) ATIVIDADES DE PÓS-LEITURA: - Os alunos deverão pesquisar sobre planestas e estrelas do nosso sistema solar; - A partir das informações coletadas, escolher um planeta e imaginar um personagem que vivesse lá. Indicar as características físicas, psicológicas, as atitudes, os sonhos. O personagem deve ser ilustrado. Essa atividade deverá ser feita em grupo e cada grupo deveráescolher um planeta; - Quando todos tiverem construído seu personagem, criar um texto coletivo ou uma história em quadrinhos; - Os textos ou quadrinhos deverão ser digitalizados, usando um programa de textos ou um programa específico que atenda aos fins desejados; - Analisar frases retiradas do livro. Promover um debate, um seminário para exposição das ideias surgidas a partir da seleção feita. Analisar os valores presentes nessa obra e relacioná-los com situações e fatos que acontecem na atualidade; - Pesquisar em jornais ou revistas, imagens ou reportagens que se relacionem com as frases escolhidas, e em seguida, criar um painel para expor o trabalho; - Reescrever a obra, em forma de roteiro para ser encenada; - Permiteir que os alunos reflitam sobre a verdadeira mensagem que o livro deixa.
1) Mensagem inicial (Slides): Sobre fazer a diferença...
2) Discussão sobre a mensagem;
3) Cada grupo pegou uma parte do TP1 para analisar. O material foi dividido em 4 partes e os quatro grupos deveriam analisar o material e destacar coisas relevantes da sua parte e alguma coisa que consideram que não funcionaria com sua turma de trabalho.
4) SOCIALIZAÇÃO:Troca de opiniões sobre a atividade anterior;
5) Passar para os alunos a versão da Turma da Mônica de "Chapeuzinho vermelho" e, em seguida, passar os slides do livro "Chapeuzinho amarelo".
6) Pedir que os cursistas, em grupos, criem uma paródia de um conto de fadas, ou que misture personagens de contos de fadas em uma única história.
7) SOCIALIZAÇÃO: Apresentação das criações com base nos contos de fadas.
8) Em grupos, os cursistas deveriam criar outras possibilidades de trabalho a partir dos contos de fadas.
EU, ELIANE Nasci há 30 anos, no sertão do Paraná. Lá vivi até meus quatro anos e depois vim embora para Taquara. Lembro-me do dia em que viemos embora. Foi no dia do meu aniversário, completei meus quatro anos viajando em um ônibus velho e barulhento, mas para mim tudo estava bom. Tive uma infância pobre, mas feliz. Parece que vejo meu pai chegando do trabalho sujo e cansado. Sempre fez o possível para melhorar a nossa situação e hoje posso me orgulhar, pois ele conseguiu. Comecei a estudar aos seis anos. Não fiz a pré-escola, fui direto para a primeira série. Tive bastante dificuldades de aprendizagem no início, aprendi a ler só na segunda série e foi a melhor coisa que me aconteceu, pois aprendi a gostar de ler e sempre li muito até hoje. Quando cheguei a quinta série, reprovei em matemática porque não conseguia compreender. Não quis mais estudar e fiquei um ano fora da escola. Um ano mais tarde resolvi voltar e nunca mais reprovei nem parei de estudar. Aos quatorze anos comecei a trabalhar. Trabalhava em uma fábrica de calçados durante o dia e estudava à noite. Aos dezoito anos conheci o meu marido, começamos a namorar. Depois de oito meses nos casamos. Logo após, comecei minha faculdade. Meu marido foi a pessoa que mais me ajudou e incentivou para que fizesse a graduação. Nunca esquecendo que meus pais também me ajudaram muito, com apoio moral e financeiro também. Comecei cursando pedagogia. Fiz três anos de pedagogia e depois resolvi mudar de curso, passando então para Letras. Fiz uma boa escolha, não me arrependo. Logo que comecei a cursar Letras, descobri que estava grávida. Na época não fiquei muito feliz, pois não estava preparada para esse acontecimento, mas fazer o quê? Tive que enfrentar a situação. Passei por muitos desafios. Não tinha trablho fixo, trabalhava pelo CIEE, meu esposo também não tinha trabalho fixo, pois recém tinha se formado no magistério. Mas consegui vencer todas essas dificuldades, graças a Deus! Dia oito de abril de 2003 tive um lindo garotão. Demo-lhe o nome de Filipe. Dia cinco de janeiro de 2007 me formei. Como fiquei feliz! Vencera mais uma etapa de minha vida. Tive muita sorte, pois logo que me formei teve concurso em dois municípios perto de onde moro. Fiz os dois e passei e logo fui nomeada nos dois. Hoje as coisas melhoraram bastante. Estou trabalhando dois turnos. Meu esposo também é concursado. Neste ano até assumiu uma nova função, a de ser diretor de uma escola de educação infantil. Função que não é nada fácil, mas que fez ele amadurecer e crescer, como pessoa e como educador também. Em 2008, consegui realizar outro sonho que tinha desde muito jovem, consegui tirar a minha carteira de habilitação. Isso também ajudou a me locomover entre as duas escolas que trabalho, pois antes fazia de ônibus o percurso e onde o ônibus não ia eu ia a pé. Já caminhei muito nessa vida, nossa e como! Em 2009, também realizei mais um de meus sonhos. Entrei numa escola de natação e aprendi a nadar, era um sonho de criança, o qual não tive a oporunidade de realizar na época. Agora, nado igual a um peixe! Há, há, há, há, que mentira! Só quebro o galho. Ainda tenho muitos sonhos que quero realizar como: aprender a tocar piano, andar de avião, ter outro bebê (gostaria de ter uma menina) e, assim como muitos outros. Mas tenho certeza de que tudo a seu tempo vai acontecendo. Se Deus quiser!
2) Pedir que os cursistas escrevam o que para eles significa ser professor;
3) SOCIALIZAÇÃO: Leitura de todos a respeito da questão anterior;
4) Análise do Material do TP2, mais especificamente da página 14 à 66 do material; Discussão, levantamento de ideias e novas propostas a partir dos conceitos.
5) Os cursistas deverão escolher uma das aulas, das unidades 5 ou 6, do AAA2, para aplicar com os alunos em sala de aula. Propiciar um tempo para a adaptação desse planejamento;
6) Organização de um planejamento de 20h de aula, para o ensino fundamental. Essa atividade deverá ser feita individualmente e estar baseada em um texto da literatura clássica. Exemplos: Romeu e Julieta, O diário de Anne Frank, Ana Terra, Um certo capitão Rodrigo, Vidas secas, Alice no país das maravilhas, etc...
7) MOMENTO DE TROCA: Cada professor deve apresentar uma atividade que tenha realizado com seus alunos, para que haja troca de experiências.
Planejamento criado pelos cursistas a partir de uma música de moda de viola...
Música: Se os animassem falassem Grupo: Juarez, Keile e Michele
1) Dividir a turma em grupos. Cada grupo terá uma proposta de produção textual diferente; GRUPO 1: Criar mais uma estrofe com a resposta de Deus ao pedido de perdão do boiadeiro. GRUPO 2: Criar um novo final no lugar da última estrofe. GRUPO 3: Modificar a 3ª e a 4ª estrofes, permanecendo o mesmo final. GRUPO 4: Escolher uma estrofe para dramatizar em mímica para os outros colegas perceberem qual estrofe é sem poderem falar, assim como o cachorro.
Música: A enxada e a caneta Grupo: Clarice, Patrícia, Eliane e Rita de Cássia
1) Entregar uma cópia do texto para cada aluno; 2) Fazer leitura em voz alta junto com os alunos; 3) Debater sobre o assunto: A humildade X a arrogância; 4) Cada aluno deve fazer, para entregar, a transformação da história em história em quadrinhos; 5) Além do desenho de interpretação, deve haver um diálogo entre a enxada e a caneta. A fala deve ter frases curtas; 6) O título pode ser mudado; 7) A linguagem pode ter gírias - linguagem informal.
Música: Justiça divina Grupo: Elmário e Silma
1) Elaborar uma história em quadrinhos baseada na música "Justiça divina"; 2) Uma parte do grupo elabora os desenhos, balões e colore a história; outra parte constrói o diálogo escrito com as falas das personagens; 3) Explicar aos alunos que, nas tiras e histórias em quadrinhos, sempre há um autor que faz desenhos e outro que executa em pareceria a parte escrita.
Música: O caboclinho valente Grupo: Estela e Maria Amélia
1) Pesquisa sobre o gênero musical Moda de viola e sertanejo; 2) Pesquisa sobre os pioneiros e cantores de moda de viola; 3) Socialização para estabelecer diferença entre sertanejo e moda de viola; 4) Ver com as famílias se possuem discos com moda de viola; 5) Analisar a estrutura e a temática das modas de viola; 6) Fazer uma dramatização da letra de música "O caboclinho valente", de Milton Araújo e Jesus Belmiro.
Textos criados na 15ª oficina, a partir da proposta com uma moda de viola "A mulher do mistério".
Um acidente misterioso Elmário e Silma
Na madrugada do dia 13 de maio de 1945, às 3h da madrugada, o motorista Pedro dos Santos sofreu um acidente na Serra da Mantiqueira, em São Paulo. Quando bateu o caminhão, desmaiou e viu em sonho uma mulher de branco que o protegia. Após acordar-se, não enxergou mais ninguém, mas lembrou-se que era um ser vindo do além que o teria salvo da morte.
Mulher encontrada morta Clarice, Patrícia, Eliane e Rita de Cássia
Mistério envolvendo a marte de uma mulher, com idade entre 25 a 30 anos. A polícia ainda não tem pistas sobre o suposto acidente. Testemunhas afirmam terem visto um motorista passando pelo local às 3h da madrugada, mas que não viram nenhuma colisão, apenas uma mulher deitada no chão que vestia jeans, camiseta e tênis. Não foi encontrado nenhum outro pertence da vítima. A polícia está investigando o caso.
Bebedeira pode ter causado mais uma morte no trânsito Juarez, Keile e Michele
Mulher aparentando sinais de embriaguez causa um terrível acidente na RS115, ao sair de uma casa noturna às 3h da madrugada de domingo. O motorista Arlindo Silva, 23 anos, ao tentar socorrer a vítima não a encontrou no local. Foram encontrados vestígios de sangue, porém o sumiço do corpo é um mistério.
Passar para os cursistas a história em quadrinhos “Chico Bento O orador da turma” e abrir espaço para a discussão.
Entregar para cada grupo uma lista de nomes de filmes adaptados para a linguagem típica do nordeste do Brasil, produzindo o efeito de paródia. Pedir que, em grupos, criem uma lista com dez nomes de filmes adaptados para a linguagem gauchesca ou caipira.
SOCIALIZAÇÃO: Apresentação das paródias, abrindo espaço para a discussão de outras possibilidades de trabalho. Depois da socialização passar um grupo de slides com nomes de filmes gauchescos.
Ainda tratando das variantes, apresentar aos cursistas o dicionário do mineiro, seguido dos slides “Mineirada”. E depois, “O sotaque mais gaúcho”. Em grupos, deverão construir um mini-projeto, para entregar, destacando essa questão do jeito de falar próprio do gaúcho.
Explicar aos cursistas que iremos trabalhar com música naquele momento. Questionar:
- Vocês utilizam a música em suas aulas?
- De que forma a música faz parte do seu planejamento?
Ao som da música “É preciso saber viver”, dos Titãs, pedir que os cursistas se traduzam através de desenhos... deverão ter os olhos fechados e representar o que quiserem ao som da música. Em seguida, cada um relata a experiência, indicando em que pensou...
Passar para os cursistas os seguintes slides com referência ao assunto: “Chorinho brasileiro”; Decadência da música brasileira; Hino Nacional Patrocinado, a partir do qual, os cursistas deverão parodiar a música que trouxeram de casa também usando marcas de produtos.
Passar ainda “Poema_adivinha”- música portuguesa. Levantar possibilidades de trabalho a partir de cada apresentação de slides.
Entregar para cada grupo uma proposta de trabalho a partir de duas letras de músicas, que abordam a preocupação com questões ambientais. Pedir que discutam a relevância da proposta e que outras sugestões poderiam surgir a partir do material recebido.
Entregar para cada grupo as seguintes informações escritas em um papel:
- Uma mulher no meio da estrada;
- 3h da madrugada;
- Motorista
- Acidente;
- Mistério.
Em seguida, pedir que cada grupo caracterize essa personagem e a cena em que se passa a história.
SOCIALIZAÇÃO
Entregar para cada cursista a letra da música “A mulher do mistério” e pedir que a acompanhem também no rádio.
A MULHER DO MISTÉRIO
(Carreirinho)
Às onze horas da noite um ônibus vinha a São Garcia
Com vinte e seis passageiros de São Paulo ele partia
Com destino a Londrina a viagem prosseguia
Ao confrontar Piraju um vulto na frente surgia.
Saia azul, blusa rosada, braços abertos na estrada
Uma mulher desesperada por socorro ela pedia.
Três horas da madrugada, perto de clarear o dia
Parou no acostamento, pra ver o que a mulher queria
Aconteceu um acidente, capotou um Carmanguia
A mulher já está morta, ainda vive sua filha
Peço encarecidamente, dessam lá imediatamente
Para salvar uma inocente era o que ela tanto queria.
Motorista receoso, pensando ser armadilha
Pegou três dos passageiros e levou por companhia
Ao descer a ribanceira um carro lá existia
Aquela mesma mulher que há dois minutos eles viram
No volante estava morta, debruçada sobre a porta
E a menina quase morta, felizmente ainda vivia.
Gente que não acredita, de zombar tem a mania
Na cidade, região, foi o assunto do dia
Quando eu conto essa passagem até meu corpo arrepia
Porque sou o motorista que viajou naquele dia
Pra ver a mulher do mistério no entra e sai do necrotério
Nesse dia o cemitério parecia romaria.
Em seguida, entregar para cada grupo uma letra de moda de viola diferente e pedir que, com base na mesma, construam um planejamento para apresentar na próxima oficina. Pedir que sejam criativos e que evitem fazer coisas que já foram feitas.
JUSTIÇA DIVINA
(Tonico, Dirceu Ribeiro)
Dois jovens se casaram no arraial de São José
Morava a felicidade no seu rancho de sapé
O marido arranjou uma amante e desprezou sua mulher.
E largou a sua esposa, foi embora do povoado
Foi viver com sua amante e esqueceu o dever sagrado
E um dia ela falou, com seu jeito enciumado,
Vai dar fim na sua esposa, pra nós viver sossegado.
Já vencido da paixão, como quem tá enfeitiçado,
E matou sua mulher e enterrou num descampado
Viveram muitos anos como quem fosse casado
Foram tirar um retrato como lembrança do passado.
Quando a foto revelou, no retrato apareceu
Entre a amante e o assassino a esposa que morreu
Toda coberta de flor, num caixão que ele não deu,
Ao lado dela um filhinho que por crime não nasceu.
Vendo isso o retratista, na polícia apresentou
Eles foram condenados, o assassino confessou
Ficaram os dois na prisão, conforme a lei condenou
Castigo da providência, justiça do criador.
A ENXADA E A CANETA
(Teddy Vieira e Capitão Barduíno)
Certa vez uma caneta foi passear lá no sertão
Encontrou-se com a enxada fazendo uma plantação
A enxada muito humilde foi lhe fazer saudação
Mas a caneta soberba não quis pegar na sua mão
E ainda, por desaforo, lhe passou uma repreensão.
Disse a caneta pra enxada não vem perto de mim não
Você tá suja de terra, de terra suja do chão
Sabe com quem tá falando? Veja a sua posição
Eu sou a caneta dourada que escreve nos tabelião
Eu escrevo pro governo a lei da constituição
Escrevi em papel de linho pros ricaço e pros barão
Só ando na mão dos mestres, dos homens de posição.
A enxada respondeu de fato eu vivo no chão
Pra poder dar o que comer e vestir o seu patrão
Eu vim no mundo primeiro, quase no tempo de Adão
Se não fosse o meu sustento ninguém tinha instrução.
Vai que caneta orgulhosa, vergonha da geração
A tua alta nobreza não passa de pretensão
Você diz que escreve tudo tem uma coisa que não
É a palavra bonita que se chama Educação.
SE OS ANIMAIS FALASSEM
(Biguá, Taubaté e Teodomiro)
Se os animais falassem que bom que havia de ser
Muitas coisas que acontecem evitava acontecer
Conheci um boiadeiro por nome Zé do Amaral
Tinha um cachorro ensinado que só faltava falar.
Viajando pra Mato Grosso na sua besta bragada
Seu Zé levava dinheiro pra comprar uma boiada
Ao chegar numa porteira o boiadeiro não viu
Num pulo que a mula deu sua carteira caiu.
Seu cachorro nessa hora pegou então a uivar
Pegando a rédea da besta querendo fazer voltar
Seu Zé não compreendeu, amarrou a besta num toco
Deu três tiros no cachorro, pensando que estava louco.
Um tiro pegou nas pernas e os outros dois nas cadeiras
Demorando pra morrer o cão saiu da carreira
Seu Zé foi seguindo atrás até chegar na porteira
Viu seu cachorro morrendo com o focinho na carteira.
O boiadeiro apeou e apertava o cão no peito
Chorando de arrependido daquilo que tinha feito
Levantou os olhos pro céu pedindo a Deus que perdoasse
Não teria acontecido se os animais falassem.
CABOCLINHO VALENTE
(Milton Araújo e Jesus Belmiro)
Um vendeiro mal intencionado que pensava ser muito ladino
Do filho de um caboclinho foi padrinho na lei do divino
Caboclinho era peão valente, respeitado até por assassino
Sua esposa de corpo bem feito, boca grande, tornozelo fino
O vendeiro ia ver a comadre com desculpa de ver o menino.
A paixão que sentia no peito por certo dia ele não suportou
Encontrando a comadre sozinha, o seu grande amor confessou
Pra ter você uma noite até a minha venda lhe dou
Antes de receber a resposta Caboclinho em casa chegou
A mulher chamou pra almoçar sorridente o vendeiro aceitou.
Almoçando ela disse compadre resolvi dar minha resposta
Que jamais vou me arrepender tenho certeza e faço aposta
Porém vou falar com meu marido eu preciso saber se ele gosta
E se ele estiver de acordo eu aceito a sua proposta
O vendeiro derrubou o prato, se engasgou, quase caiu de costas.
Caboclinho gritou diga logo, calmamente a mulher concluiu
O compadre quer trocar a venda pelo velho burrinho Tiziu
O vendeiro falou é verdade, num instante o negócio saiu
Caboclinho virou comerciante com o tempo o negócio expandiu.
E até hoje não sabe o motivo que o compadre da vila sumiu.
O restante do tempo servirá para os cursistas trabalharem no projeto.
Meu nome é Graziela dos Reis, tenho 28 anos e sou moradora da cidade de Taquara-RS. Sou formada em letras, pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos e leciono desde 1999. Adoro livros, filmes e séries de TV. Adoro conversar com as amigas e ficar com minha família. Atualmente, além do trabalho na escola, faço correções de TCC e estou me aventurando da carreira de escritora.